20.9.10

Como o uso apropriado/inapropriado da internet pode afetar a educação?

Como o uso apropriado/inapropriado da Internet pode afetar a educação?

Como toda a tecnologia a Internet tem os seus benefícios mas também seus malefícios. O uso da Internet na educação ao meu ver veio só acrescentar. Facilitou a pesquisa, estimulou a leitura, e ao mesmo tempo está inserindo os alunos na era da informática e na pesquisa digital.
A questão é como usar apropriadamente essa nova tecnologia em nossas escolas, onde não existem pessoas totalmente capacitadas para esse fim. Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente. Tendem a acumular muitos textos, lugares, idéias, que ficam gravados, impressos, anotados. Colocam os dados em seqüência mais do que em confronto. Copiam os endereços, os artigos uns ao lado dos outros, sem a devida triagem.
Creio que isso se deve a uma primeira etapa de deslumbramento diante de tantas possibilidades que a Internet oferece. É mais atraente navegar, descobrir coisas novas do que analisá-las, compará-las, separando o que é essencial do acidental, hierarquizando idéias, assinalando coincidências e divergências. Por outro lado, isso reforça uma atitude consumista dos jovens diante da produção cultural audiovisual. Os alunos se impressionam primeiro com as páginas mais bonitas, que exibem mais imagens, animações, sons. As imagens animadas exercem um fascínio semelhante às do cinema, vídeo e televisão. Os lugares menos atraentes visualmente costumam ser deixados em segundo plano, o que acarreta, às vezes, perda de informações de grande valor.
Me irrita muito pedir um trabalho para os alunos e ao receber o trabalho ver que eles simplesmente copiaram a página da tela, não se dando ao trabalho de ao menos de ler o conteúdo ou pesquisar alguma coisa mais em outra bibliografia. Ao meu ver esse é um dos usos inapropriados que se faz da Internet na educação. Facilitou demais a pesquisa e quando os alunos não tem a consciência que querem aprender alguma coisa, ela tornou a vida desses estudantes muito fácil.
Por outro lado quando tivermos em todas as escolas com salas informatizadas, com computadores bons e professores capacitados, a Internet será a ferramenta educacional mais utilizada, mesmo porque os alunos se identificam com ela. Programas educacionais de alto nível já existem e são de graça como se pode ver nos site (http://www.tema.com.br/programas.html)
(http://www.tema.com.br/catalogo.html)
Páginas como: http://www.discoverynaescola.com/
(http://www.iq.ufrgs.br/aeq/carbop.htm) entre outros que existem na Internet, e outros que com certeza serão criados, vem de encontro aquilo que buscamos. O uso apropriado da Internet na educação.
O primeiro passo é fazer os nossos alunos entenderem que Internet não é só orkut, MSN, baixar músicas e filmes, bate papo, troca de e-mails, mas sim uma poderosa ferramenta de busca de informação e conhecimento. E conhecimento é poder. Quanto mais sabemos, mais queremos saber. O aluno precisa entender que quando ele é levado para a sala informatizada, não é para entrar em páginas de sexo, futebol ou site de novelas, mas sim ele está lá para aprender alguma coisa. Nisso o professor precisa ser firme e objetivos. Se conseguir fazer o aluno ver isso, ele levará essa conscientização pra casa e começará a utilizar a Internet de forma mais consciente, mas para isso devemos dar atrativos para os alunos. O professor precisa garimpar na Internet esses programas gratuitos e não esperar que o governo mande programas para serem utilizados na educação. O professor pesquisa, testa, e se aprovar aplica na sala de aula. Eu já fiz isso várias vezes, o último que usei foi um programa que mostrava todos os planetas do sistema solar.

Linguagem Televisiva

Linguagem televisiva

A TV, a sua maneira tem uma linguagem. Não vem ao caso nesse momento avaliar se essa linguagem é boa ou não. O que nos interessa no momento é entender a sua linguagem. A televisão tem uma grade de programação e ela inclui programação infantil, pré-adolescente, adolescente e adulta. Em toda essa programação nós podemos observar a sua linguagem e as suas artimanhas. A programação infantil procura mostrar cenários coloridos, alegres, divertidos, com muita música e brincadeira, com apresentadores desinibidos e alegres. A intenção dessa linguagem é prender as crianças, mostrando coisas interessantes e muita variação de cenários, músicas e principalmente filmes na forma de desenhos. A programação aos pré-adolescentes e adolescentes busca mostrar cenários e situações atuais, com artistas adolescentes na sua maioria buscando a identificação do espectador com o clima com as situações e com os personagens. Essa programação sempre traz músicas atuais e descontraídas. Já a programação adulta, tem uma grade de inclui as novelas, esportes, noticiário, com um ar mais sóbrio. A televisão usa muito do sentimento das pessoas, gosta de usar imagens de pessoas chorando, sofrendo. É uma forma de conseguir audiência. Tudo o que acontece na televisão, não acontece por acaso. Tudo é muito bem planejado, buscando principalmente a permanência do telespectador naquele canal. Nós podemos usar essa linguagem na sala de aula, pedindo aos nossos alunos identificarem a linguagem que a televisão utiliza no dia-a-dia, e refletirem sobre isso. Mostrar aos alunos, que nem tudo que a linguagem da TV nos mostra é realmente a realidade do que acontece ao nosso redor. Da mesma forma podemos observar nas telenovelas, nos noticiários, nos esportes como a televisão utiliza, e muito bem o som, as músicas. Uma cena fica muito mais bonita quando vem acompanhada de uma música de fundo. A televisão, assim como o cinema se utiliza dessas estratégias para causar mais impacto. Quantas vezes já vimos nos noticiários e entrevistas, a câmera se aproximar do rosto de uma pessoa quando ela está começando a chorar, e ao mesmo tempo uma música suave de fundo começa a tocar. É uma estratégia, e querendo ou não, concordando ou não, fica bem. As cores, a luz, os sons, a luminosidade, a escuridão, o silêncio, o timbre de voz, a entonação, o olhar. Tudo é linguagem televisiva e tudo tem seu objetivo. Seria uma ótima aula estudar todas essa linguagem e refletir sobre isso.

Tecnologias

Hoje nós nos perguntamos e ficamos impressionados ao mesmo tempo quando imaginamos como nossos avós e pais faziam sem um telefone, sem energia elétrica, sem sinal de televisão, sem liquidificador, sem internet (...). Da mesma forma que nossos filhos e netos ficarão impressionados com as tecnologias que utilizamos hoje. Impressionados porque não vão entender como nós conseguíamos viver com nossas tecnologias.
O avanço das tecnologias fica muito claro quando assistimos filmes de ficção científica dos anos 60 e 70, o que para nós parece hoje absolutamente obsoleto, para a época era o mais moderno em questão tecnológica. O avanço das tecnologias é estonteante e acontece de forma tão rápida que não conseguimos acompanhar a sua evolução. Novos equipamentos, novas máquinas, novos programas, novas mídias, surgem na nossa frente a todo momento. Tecnologias essas que, na maioria das vezes não tomamos conhecimento, porque grandes partes não nos são acessíveis.
Nosso dia a dia é repleto de tecnologias. Nós acordamos ao som de um despertador ou de um rádio relógio. Tomamos banho (eletricidade, usinas, tratamento de água, encanamento, shampoo, sabonete). Saímos de casa entramos em nosso carro. No trânsito inúmeras placas e sinais nos orientam. No trabalho temos o computador a nossa disposição para agilizar nosso trabalho e percorrer o mundo através da internet. Nós hoje vivemos em função das tecnologias criadas para nos dar comodidade e para facilitar nossa vida, mas que nos tornaram reféns delas. É muito difícil hoje fazermos alguma coisa sem o auxílio de uma tecnologia.
As notícias nos chegam se forma tão rápida e instantânea que na maioria das vezes não damos mais importância a elas.
O computador, além de ser ótimo para entretenimento é altamente educacional, porque podemos acessar conteúdos educacionais que anteriormente ocupariam enormes espaços em prateleiras, na nossa casa ou na biblioteca. O CD ROOM é um avanço sem precedentes.
Diante de tudo isso fica difícil escolhermos o que é bom e o que é supérfluo. Nossas mentes consumistas gostariam de ter todas as comodidades que as tecnologias nos oferecem, mas isso nem sempre é possível, pelo fato delas serem muito dinâmicas e por questões financeiras.
As mídias nos oferecem muita informação, que precisamos ter o discernimento para selecioná-las, filtrá-las, e isso se aplica em grande parte à sala de aula. Nossos alunos hoje nascerem sob o signo da tecnologia, e o que para nós ainda pode ser considerado inovação e de difícil entendimento, para eles é algo natural e que pode ser acessado a qualquer momento. Neste momento vale a total compreensão das mídias e o correto aconselhamento por parte do professor. Mas para aconselhar é preciso conhecer.
Em suma, os avanços das tecnologias e mídias aconteceram de forma tão rápida e com tal intensidade que fica difícil acompanhar as suas inovações. O que temos certeza é que elas vieram e melhoraram nossas vidas, tornando-as menos complicadas.

Salto para o Futuro

Eu sou assistente técnico pedagógico e não trabalho em sala de aula. Estou atuando no NTE de Palmitos. Neste setor nós trabalhamos com o Salto para o Futuro e administramos cursos através dele. No momento estou com 3 turmas trabalhando o tema Agenda 21 e Educação para um Brasil Sustentável. Nestes cursos do salto a utilização de mídias, é muito intensa. Utilizo a TV, vídeo cassete, DVD, data show, computador.
O meu planejamento é baseado nos programas do salto que gravamos e que passa a fazer parte do nosso acervo. Assisto à fita, imprimo o boletim e nos dias do curso distribuo esse material.
São sempre 5 programas e começamos como um relato do que vamos assistir e um debate sobre os conteúdos. Para enriquecer ainda mais o curso, elaborei e formatei várias apresentações em power point que são mostradas e comentadas. Além disso selecionei vários filmes em VHS e DVD para serem apresentados durante o curso, com assuntos pertinentes ao tema do dia. Cada etapa é apresentado um programa do salto com o assunto do dia. Após apresentação do programa, os cursistas se reúnem em grupos e debatem entre si o que viram, para depois, em um segundo momento, discutirem no grande grupo as suas conclusões.
Neste curso em especial, trabalho com a sensibilização dos cursistas quanto aos problemas ambientais atuais, para tanto trabalhos com dados atuais e bibliografia atualizada a respeito, além do desenvolvimento sustentável e agenda 21. Tudo isso mostrado através de slides do Power Point.
Recentemente tivemos 2 turmas no tema Refletindo sobre a Linguagem do cinema, onde discutíamos a fala, som, imagem, roteiros dos filmes. O objetivo era mostrar aos cursistas que o filme não deve ser visto apenas pela história, mas sim no todo. A música às vezes fala mais do que palavras, bem com o silêncio.
Todos os cursos do salto são cativantes e instrutivos. O bom é que podemos dar a ele o formato que mais nos agrada. Não precisamos ficar bitolados em um formato. Todos os cursos são diferentes e em todos eles usamos todas as tecnologias que dispomos no NTE.
Quando eu era ACT utilizava muito a TV e o Vídeo na sala. Minhas aulas eram comentadas, ou seja, eu passava a fita e quando o assunto requeria minha intervenção, ou para comentar ou para mostrar aquilo que tínhamos visto na teoria, eu parava e fita fazia uma observação e debatíamos. Feito isso colocava a fita pra rodar novamente. Após o término, os alunos faziam suas observações no caderno.
Uma aula fica muito rica quando utilizamos a TV e o Vídeo. Mas precisamos ter claros os objetivos e o que queremos que nossos alunos aprendam. Portanto não adianta passar um filme que não se encaixa no conteúdo ministrado, porque dessa forma será apenas uma maneira de matar uma aula. O Vídeo sempre deve ser usado como complemento dos assuntos visto em sala de aula.

Reflexão: TV na Escola

Reflexão TV na escola

Já colocamos aqui várias vezes que a TV pode e deve ser um instrumento pedagógico, mas que ela deve ser usada com critérios e com objetivos claros para que não se torne apenas uma aula diferente. Mas quais seriam esses objetivos? Com certeza fazer o aluno ver coisas que oralmente não conseguimos fazê-lo entender, por exemplo na minha área biologia, uma célula, ou o sistema digestivo e assim por diante. Mas a TV pode também ser um momento de entretenimento, porque não? Ela pode ser usada para desafogar nossas aulas passando um filme, um documentário, que a primeira vista não estaria relacionada com o conteúdo, mas que pode trazer uma lição para nossos alunos. Este também é um dos objetivos da TV e do vídeo na sala de aula. Outra questão é que a TV e o vídeo não precisam necessariamente ser utilizada apenas para mostrar coisas já prontas, mas poderia ser utilizada para mostrar produções dos próprios alunos. Evidente que muitas escolas não possuem uma filmadora, mas muitas possuem. Esse instrumento não está na escola apenas para filmar os eventos de final de ano, ou datas comemorativas nas escolas, mas podem ser usada pelos alunos em produções próprias e depois serem vistas pelos alunos na sala. Uma visita ao laboratório, o intervalo, entrevistas, saídas a campo, a própria aula. Crianças principalmente, gostam muito de aparecer em vídeos e fotos. Já a maioria dos adultos foge quando aparece alguém filmando. Devemos explorar essa inocência e dinamismo a nosso favor e deles próprios. Usando tecnologias disponíveis na escola, principalmente a TV como um instrumento a nosso favor.
Já a questão do que ver, como ver, onde ver TV é muito complicado. Podem os professores ditar para os alunos isso? Qual é o horário e o local onde os alunos mais assistem TV? A resposta é nas suas casas. O que podem os professores fazer nesse sentido, se muito alunos possuem TV nos seus quartos sem nenhum controle de seus pais? Nós professores podemos responder pelo que fazemos na escola, em nossa sala de aula, e nessas horas aconselharemos o máximo e usaremos a TV e o vídeo com a máxima cautela, a fim de instruir os alunos. Mas a TV e seus canais são de fácil acesso e são formados de opinião, mesmo que em muitas vezes as opiniões que elas pretendem formar, não sejam exatamente o que se espera dela. Esses são novos tempos, as coisas estão acontecendo muito rapidamente, nossas crianças e jovens estão sendo inundados de informações, que vem de todos os lados, como filtrar? Fica a pergunta.....

Mídia Impressa no Meio Digital

Mídia Impressa no Meio Digital

A qualidade e potencialidades da Internet, como a hipermídia, podem contribuir com os processos de ensino e a aprendizagem na escola. O ciberespaço tem capacidade de armazenar dados de forma incomensurável, apresenta informações em hipertexto e possibilita interatividade no meio digital.
Em língua portuguesa, por exemplo, pode potencializar o desenvolvimento da leitura e da escrita, já que os alunos são estimulados a se comunicar em um novo meio e com um público que vai além dos muros da escola. Na área de ciências exatas, possibilita a visualização prática dos conceitos, fórmulas e equações em simulações multimídia e interativas.
Enciclopédias, dicionários, livros, website de notícias, bancos de imagens, animações, vídeos... São tantas as informações disponíveis na Internet, nas mais diferentes linguagens e fontes, que não é difícil se perder entre as várias janelas abertas no navegador, em uma espécie de labirinto digital.
A sensação de desorientação é intensificada pelo hipertexto. Esse termo é usado para designar a forma como o texto é estruturado na Internet. Em vez de um fluxo linear, como é comum ao livro impresso, o texto eletrônico é considerado não-linear, à medida que possibilita conexões (hiperlinks) de qualquer parte de um documento a outras partes dele ou a outros documentos. Essa característica permite ao leitor escolher o percurso de sua leitura ou a rota de sua navegação, compondo ele mesmo o texto a ser lido, uma vez que este, como depende da interação do leitor, não está dando a priori pelo meio; é construído o processo da leitura, imprimindo a co-autoria do leitor.
Pressupondo que qualquer texto é passível de diversas interpretações ou que recursos do livro impresso, como índice remissivo também propiciam uma leitura não-linear, não existe novidade proporcionada pelo hipertexto. Deve-se ressaltar, no entanto, que o meio digital permite construir relações não só com textos verbais, mas com sons, imagens, animações, vídeos, princípio que é a marca da linguagem hipermídia.
Neste cenário, os novos modos de acessar e ler textos em enormes quantidades e codificados em diferentes linguagens torna-se um grande desafio para os processos de aprendizagem. Como chegar a algum lugar nesse labirinto? Como estabelecer unidades neste universo de conexões? Como construir conhecimento nesse mar de informações?
Distinguir informação e conhecimento é um primeiro caminho. A construção do conhecimento pelos alunos não depende somente do acesso à informação.
Ao navegar, o internauta interfere no ciberespaço reorganizando o fluxo de informações das quais ele é composto. E é por isso que se diz que, ao navegar, o internauta é, de certa forma,um leitor-autor, porque, ao escolher suas ações, seus “cliques” ele interfere no modo, no tempo e na ordem com que as informações lhe são apresentadas.
Transformar informação em conhecimento envolve negociar sentidos coletivamente, que são assimilados individualmente, por meio de esquemas mentais e externalizados posteriormente, por meio de processo de comunicação para que possam ser recuperados pelos sujeitos em outras situações. Essas habilidades envolvem diversos recursos cognitivos, tais como formulação de hipóteses, análise, comparação e síntese, e pressupõem outras habilidades – leitura de textos não lineares como hipertextos e alfabetização nos códigos das linguagens do ambiente hipermídia.
Para que a pesquisa na Internet seja significativa para o processo de construção do conhecimento do aluno, evitando o famoso “copiar e colar”, é importante uma metodologia focada na aquisição das capacidades requeridas nesse processo e integrada a um projeto de trabalho colaborativo.
A colaboração depende de uma ação recíproca entre duas ou mais pessoas, e quando se realiza no meio digital, via Internet, utiliza-se as ferramentas síncronas e assíncronas e outros recursos facilitadores.
Produzir e publicar na Internet relacionada também à interatividade, outra característica do ambiente Web é a facilidade de publicação de conteúdos. Qualquer pessoa, com habilidades básicas no uso do navegador, pode criar blogs, fotologs, página wiki e até sites.
Essa característica da Internet contribui para o desenvolvimento de projetos pedagógicos em que professores e alunos produzam trabalhos que os qualifiquem como autores, e não como meros consumidores de informação. Desse modo, o aluno e o educador assumem o papel de produtores de cultura, por meio das atividades desenvolvidas na escola.
A publicação na Internet é uma possibilidade de socializar com os conhecimentos produzidos pelo grupo, para que possam ser recuperados posteriormente por outros interessados, em outras situações. Ao mesmo tempo, permite que o sujeito desenvolva habilidades de expressão em diferentes linguagens.
A publicação na Internet é um grande motivador para os alunos que mudam totalmente sua postura, empenhando-se mais em desenvolver as atividades. Como o trabalho será exposto para muitas pessoas, eles tomam mais cuidado com a apresentação, e em relação tanto à qualidade do conteúdo, quanto aos recursos estéticos.
Em outras palavras, os alunos se apropriam dos temas por meio da pesquisa e do processo colaborativo. Uma vez que dominam o tema, sentem-se à vontade para ousar, ser criativo. Resultado: os trabalhos publicados na Internet se tornam mais significativos para os alunos. Além disso a escola se abre para o mundo, e os pais e a comunidade passam a ter maior acesso à produção discente e a valorizar mais a escola. A publicação na Internet é uma oportunidade de incrementar as habilidades de comunicação e de produção de informação dos jovens ampliada cada vez mais pela Internet. A produção do conhecimento e a interpretação de mensagens também dependem da capacidade de atribuir sentido às informações.

Fonte
http://www.educarede.org.br/educa/img_conteudo/volume_III_web_42-46.pdf

Computador

Módulo V
Computador

Com o passar do tempo, a tecnologia vem adentrando nossas casas e trabalhos, apresentando-nos um novo mundo, chamado virtual. Tal contato pode trazer-nos algo moderno, e novas personalidades. O mercado empresarial, sempre buscando soluções que diminuem seus custos e acelerem o processo de produção, comércio trabalhos de escritório, entre outros, começa a utilizar secretárias virtuais. O impacto da utilização da informática para conversas a distância e como meio de aprendizagem se faz sentir cada vez mais. O uso do computador como ferramenta de trabalho é uma realidade tão absoluta, que hoje não sabemos, e na maioria das vezes, não podemos fazer mais nada sem ele.
Outras mudanças devem ser notadas: antigamente, lá por volta dos anos 80, as crianças dedicavam mais tempo a brincadeira com amigos, família e atividades físicas. Hoje, as crianças estão mais envolvidas com os computadores e jogos para computadores, do que com todo o resto.
Já entre os adultos, notam-se alguns grupos distintos: Aqueles que se amedrontam, principalmente os de maior idade, demonstrando aversão à tecnologia, geralmente fugindo do contato com o computador; Outros que consideram os computadores como meros instrumentos de trabalho; E o terceiro grupo, que possui suas atitudes, seus trabalhos e seus relacionamentos com outras pessoas totalmente influenciados pela tecnologia.
O computador é uma ferramenta tecnológica que funciona através de programas que devem ser instalados na sua memória. Esses programas trabalham conjuntamente e se forma simultânea para nos dar o resultado esperado. Se surgir um problema, em 99,99% das vezes foi por causa de algo diferente que você fez. fato! O computador não se rebela sozinho. Algo acontece que propicia o seu surto, portanto preste sempre a maior atenção no que faz diante de um micro! Assim como ele não vai fazer nada sem um comando, ou seja o computador é “burro”, quem precisa ser inteligente é a “pecinha que está na frente do computador”, da mesma forma que ele não morde também.As configurações do computador, portanto são de extrema importância, uma vez que o mesmo não consegue desempenhar suas funções, se as suas configurações não estiverem de acordo. Os antivírus por exemplo, são casos clássicos. Ele consegue proteger o computador, mas deve estar corretamente configurado para tal. Outros programas podem modificar as suas configurações de acordo com a nossa vontade. Por exemplo os editores de texto. Mas para tanto é necessário conhecer. O computador já vem com grande parte das configurações instaladas, mas para obtermos um desempenho ótimo podemos alterá-las e melhorá-las. Configurações mal feitas podem acarretar diversos problemas . Desde lentidão, até não desligar.

4.9.10

Água

“Anualmente, a agricultura é responsável por 65% do uso e 87% do consumo total de água no mundo. Além disso, muitas atividades industriais que fornecem produtos tidos como indispensáveis ao homem moderno, requerem enormes quantidades de água. Em termos globais, a indústria usa 24% e consome 4% da água hoje aproveitada. O baixo percentual de consumo, em relação ao uso, indica que a maior parte da água utilizada em processos industriais retorna ao ambiente, embora freqüentemente poluída”. (BRANDIMARTE, 1999, p.38)
Segundo MAYOR (1999), em 1950 as reservas mundiais eram de 16.800m³ per capita por ano, em 1999 diminuíram para 7.300m³, devendo limitar-se a 4.800m³ em 2025 . Em 1950, nenhum país do mundo registrava níveis catastróficos em reservas de águas. Em 1999, cerca de 35% da população mundial vive nessa situação. Em 2025, dois terços dos habitantes do planeta terão reservas de água frágeis, se não catastróficos. Por isso é necessária a adoção de medidas visando a redução do consumo e melhor uso da água, para que as conseqüências da escassez não sejam tão drásticas quanto às estimativas.
Conforme LEONORA (2000), estima-se que hoje no mundo exista 1,4 bilhão de pessoas que não tem acesso a água em boas condições e 2,4 bilhões que não dispõem de saneamento básico, conseqüentemente, em pouco tempo o país que possuir água em boas condições de uso terá a mesma vantagem competitiva que hoje detêm os donos do petróleo.
Indústria Por unidade de produção Por produto finalizado
Papel 75600 L / tonelada 4 L / 8 folhas de escrever
Refinaria 75600 L / barril de óleo cru 20 L / L gasolina
Siderurgia 189000 L / tonelada 190 L / 1 Kg de pregos
Estação de Força 1360 L / minuto / Mw 193 L / lâmpada de 100 W acesa 24
O desperdício residencial é o campeão. As maiores vilãs domésticas são as válvulas convencionais de descarga. Elas usam 40% de toda a água da casa. Cada segundo que uma pessoa permanece com o dedo na descarga são 2 litros de água desperdiçados.
Para combater o desperdício doméstico, muitos países precisaram baixar leis rigorosas. Nos Estados Unidos, todas as casas construídas depois de 1995 são obrigadas a ter descargas com caixas de 6 litros, bem mais econômicas. A venda de peças de descarga convencional é proibida nos EUA e se alguém for pego com uma válvula de descarga na mala pode até ser preso.
No Japão já existem programas de reciclagem dentro de casa. Além dos canos que trazem água potável, os prédios ganharam um segundo sistema hidráulico, que recolhe e trata a água para o reuso.
No Brasil o desperdício de água chega a 70 % e nas residências temos até 78 % do consumo de água de uma residência sendo gasto no banheiro. Tudo isto pode mudar com simples mudanças de hábitos.
As preocupações ambientais não são ficção científica, mas sim um perigo real que aumenta a cada dia. Qualquer dano ambiental que ocorre num ponto da terra acaba por afetar todo o Planeta. Os números da degradação ambiental são simplesmente alarmantes. Não são exagerados e nem são o produto de mentes pessimistas, mas um fenômeno mundial crescente.
Para se ter uma idéia do quadro geral da degradação, basta ver que, segundo o Fundo para Populações das Nações Unidas (FNUAP), nos últimos quarenta anos a população mundial dobrou para cinco bilhões e trezentos milhões de habitantes, com bastante possibilidade de dobrar novamente nos próximos quarenta anos, de forma que essa pressão populacional poderá esgotar os recursos naturais dos quais depende.
Cerca de dez por cento das terras potencialmente férteis do Planeta já se converteram em desertos, e outros vinte e cinco estão em processo de desertificação. Todos os anos são perdidos oito milhões e meio de hectares por causa da erosão e sedimentação. Mais de vinte milhões de hectares de florestas tropicais são devastados todos os anos.
A maior parte dos pobres vive nas zonas mais vulneráveis do ponto de vista ecológico: oitenta por cento na América Latina e cinqüenta por cento na África. Aproximadamente um bilhão de pessoas não tem acesso à água potável (bebendo água contaminada), dois bilhões e trezentos milhões de habitantes carecem de acesso a saneamento básico e um bilhão e meio não tem lenha suficiente para cozinhar .
A década de oitenta foi a mais quente do século. Os cientistas acreditam que, se for mantida a tendência atual de emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases estufa, a temperatura poderá continuar a subir, o que pode provocar o derretimento das geleiras, aumentando por conseguinte, o nível do mar e afetando também todo o equilíbrio climático do Planeta. Isso trará conseqüências imprevisíveis para plantas e animais e para o ecossistema como um todo.
Na Europa Ocidental, o número de árvores afetadas pela contaminação do ar é superior a catorze vezes a colheita anual de madeira da região. A Europa precisará gastar anualmente sessenta milhões de dólares durante os próximos vinte e cinco anos para proteger seus bosques da contaminação das chuvas ácidas. Os países da Comunidade Européia despejam todo ano nove bilhões de toneladas de dejetos sólidos, incluindo aí trezentos milhões de toneladas de dejetos perigosos para a saúde humana (Pronk e Haq, 1.992).
Os custos sociais e econômicos da degradação ambiental podem ser grandes, ainda que não sejam contabilizados pelos países. Por exemplo, estudos recentes na ex-Alemanha Ocidental calcularam o custo social dos prejuízos provocados pelo ruído do transporte em quase dois por cento do PNB (Produto nacional Bruto). Na Costa Rica, a degradação acumulada das florestas, solos e bancos pesqueiros chegou a mais de quatro bilhões e seiscentos milhões de dólares entre 1.970 e 1.990, cerca de seis por cento de seu PIB (Produto Interno Bruto) daquele período. Na Indonésia, a degradação acumulada de suas florestas, solos e recursos petrolíferos aumentou entre 1.971 e 1.984 em nove bilhões e seis milhões de dólares, cerca de nove por cento de seu PIB do período .
Desta maneira, as perdas ambientais são uma realidade que afeta a vida de milhões de pessoas, tanto dos países desenvolvidos como dos em desenvolvimento. O que podemos notar é que, além do aquecimento global e do buraco na camada de ozônio, existem danos ambientais palpáveis que afetam a qualidade de vida de todo o Planeta. E, se quisermos sustentar a vida com qualidade, devemos antes buscar o equilíbrio entre as ações humanas e a preservação do ambiente onde vivemos.
Cerca de dez por cento das terras potencialmente férteis do Planeta já se converteram em desertos, e outros vinte e cinco estão em processo de desertificação. Todos os anos são perdidos oito milhões e meio de hectares por causa da erosão e sedimentação. Mais de vinte milhões de hectares de florestas tropicais são devastados todos os anos.
Os tubarões estão longe de ser o único alvo da pesca predatória. Um relatório das Nações Unidas aponta que 75% das reservas marinhas da terra estão superexploradas, em via de se esgotar ou já exauridas. A devastação atinge principalmente peixes de grande valor comercial, como o atum, a garoupa e o bacalhau, pescados em altíssima escala por navios que mais parecem imensas fábricas flutuantes. São as supertraineiras, estruturas que chegam a 140 metros de comprimento e têm até sete andares. Suas redes, fortes e longas, capazes de engolir monumentos do porte da Estátua da Liberdade, com seus 46 metros de altura, podem capturar centenas de toneladas de vida marinha de uma só vez. A Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) calcula que nos últimos cinqüenta anos o volume de pesca tenha crescido seis vezes, de 17 milhões para 105 milhões de toneladas.
Números
840 milhões


Esse é o número de famintos e desnutridos no mundo. A maioria deles está na África e na Ásia
24 bilhões de dólares


É o que a ONU calcula ser necessário gastar a cada ano para erradicar a fome do planeta nos próximos 100 anos
CÁLCULO DA SUJEIRA
Uma cidade americana de 1 milhão de habitantes consome diariamente:
• 568.000 toneladas de água
• 8.600 toneladas de combustível
• 1.800 toneladas de alimento
E despeja no ambiente
• 454.000 toneladas de esgoto
• 864 toneladas de poluição atmosférica
• 8.600 toneladas de lixo
PLANETA ÁGUA
• A escassez de água potável atinge 2 bilhões de pessoas. Nesse ritmo dentro de 25 anos serão 4 bilhões.
• A água contaminada pelo descaso ambiental mata 2.2 milhões de pessoas por ano
• A emissão de carbono o principal poluidor do ar, aumentaram em 10% desde 1991.
• 2.4% das florestas foram destruídas nos anos 90, uma área equivalente ao território de Mato Grosso. O desmatamento é maior na África, que perdeu 7% de sua cobertura vegetal, e na América Latina, com 5%.
• Um em casa 4 hectares desmatados no planeta estava na Amazônia Brasileira.
• 10% das espécies de árvores conhecidas correm risco de extinção.
• O consumo global de combustível fósseis aumentou 10%
• Apenas três países ricos, Alemanha, Inglaterra e Luxemburgo, mantiveram estáveis suas emissões de carbono.
• 30 bilhões de toneladas de lixo são despejadas anualmente no meio ambiente.
• São produzidos por ano 80 milhões de toneladas de plástico. Há cinqüenta anos não chegava a 5 milhões de toneladas.
• Só no Brasil tem 100 milhões de pneus abandonados.
• 34% das espécies de peixes estão ameaçados de extinção
• 25% dos mamíferos e 11% dos pássaros estão ameaçados de extinção

Aquecimento Global

AQUECIMENTO GLOBAL
Gilberto Nicolai. Biólogo Msc Engenharia Ambiental
A controvérsia é grande. Aquecimento global é uma realidade, é um ciclo natural ou é uma grande conspiração dos governos e grandes corporações.
Pois bem, vamos começar pela última: conspiração. A pergunta que se faz para responder a essa questão é: qual seria o interesse das grandes corporações em divulgar ou inventar um suposto aquecimento global. Deveria ser ao contrário. O que ganharia uma coca-cola, ou grandes empresas petrolíferas em divulgar o aquecimento global, já que todos sabem que um dos vilões do aquecimento é justamente o petróleo. Se existe uma conspiração deveria ser das ONGs que recebem dinheiro através de doações voluntárias ou através de governos, mas isso é improvável. Resumo: não acredito em conspiração.
A segunda: O aquecimento é um ciclo natural. Até pode ser, mesmo porque a terra já passou por isso outras vezes. Já houve na história da terra aquecimentos e resfriamentos. No entanto a diferença que existe hoje, é que esse aquecimento está acontecendo por causas artificiais, ou seja, provocado pelo homem e de maneira muito rápida. Em todos os outros, o homem ainda não havia aparecido no planeta.
Os estudos sobre o aquecimento global não são recentes. Dr. Svend Frederiksen, um groenlandês do Instituto Ártico de Washington, disse que ” é mais do que tempo de o mundo tomar conhecimento das suas alterações climáticas. Durante 50 anos ou mais, o clima no Ártico tem esquentado, tornando a agricultura possível onde ela não era praticada nos tempos modernos.” Este texto é um excerto da revista “Time”, publicado em Seleções do Reader’s Digest, de Fevereiro de 1955.
Em 1979 cientistas da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, colocaram três questões referentes a aquecimento global: 1 Grau de responsabilidade da ação humana; 2 Se os efeitos na mudança do clima no planeta são eminentes e 3 o que pode ser feito para impedir que o problema se agrave?
No entanto as questões climáticas de certa forma as questões ambientais, entraram na pauta das discussões mundiais somente a partir de 1992 quando foi realizado no Brasil a ECO92. Nessa mega conferência foram apontados os principais problemas e paralelamente foi construída a agenda 21 que posteriormente foi ratificada na RIO+10 na África. Essa agenda foi assinada por todas as nações do mundo. A Agenda 21 é um protocolo de intenções com 40 capítulos, onde estão enumerados os principais problemas e as sugestões para se conseguir um desenvolvimento sustentável.
Posteriormente foi criado o IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas) formado pelos maiores cientistas do planeta para estudar as mudanças climáticas, apontar culpados e propor sugestões. E já existe um consenso: O homem é o responsável pela atual situação e a causa é o excessivo lançamento de dióxido de carbono na atmosfera o que está causando o efeito estufa. Dióxido de carbono este, proveniente da queima dos combustíveis fósseis. Isso aliado ao desmatamento já acarretaram ao planeta um aumento médio de 0,6 graus na temperatura, o que resultou na diminuição das calotas polares em aproximadamente 20%.
Em 2007 o IPCC divulgou um boletim onde constam as certezas até o momento:
- A concentração atmosférica global de dióxido de carbono aumentou de cerca de 280 ppm para 379 ppm em 2005.
- A principal fonte de aumento da concentração atmosférica de dióxido de carbono, se deve ao uso de combustíveis fósseis, mudança do uso da terra.
- A concentração global de metano aumentou de 715 ppb para 1732 no início década de 90 e para 1774 até 2005.
- Onze dos últimos doze anos (1995 a 2006) estão entre os anos mais quentes desde 1850.
- O teor médio de vapor d’água na atmosfera aumentou desde pelo menos a década de 80 sobre a terra e oceano.
- Temperatura média do oceano aumentou em profundidades de até pelo menos 3000 metros.
- As geleiras de montanhas e a cobertura de neve diminuíram, em média, nos dois hemisférios.
- A média global do nível do mar subiu a uma taxa média de 1.8 mm por ano no período de 1961 a 2003.
- As temperaturas árticas médias aumentaram a quase o dobro da taxa global média dos últimos 100 anos.
- Em geral, as temperaturas no topo do permafrost aumentaram desde a década de 80 no ártico em até 3º C.
- Foram observados aumento de precipitações na américa do norte e sul no período de 1900 a 2005, e clima mais seco no mediterrâneo, sul da áfrica e partes do sul da Asia
- Mudanças generalizadas nas temperaturas extremas foram observadas nos últimos 50 anos.
- Dias frios, noites frias e geadas se tornaram menos freqüentes, enquanto que dias quentes, noites quentes e ondas de calor se tornaram mais freqüentes.
- Aumento da atividade de ciclones no atlântico norte desde cerca de 1970

MEIO AMBIENTE? O QUE É ISSO?
Gilberto Nicolai Biólogo MsC em Engenharia Ambiental

“Porque devemos cuidar da terra, quando o nosso dever é para com os pobres e enfermos entre nós. Deus cuidará da terra”
Esta frase foi dita por Madre Tereza de Calcutá em 1988. Não tenho nada contra Madre Tereza, que foi uma santa e dedicou toda a vida em prol dos pobres, e devemos levar em conta também a década, mas esse é o pensamento de muitas pessoas quando se fala em meio ambiente ou em questões ambientais. Não exatamente nesses termos, mas muitas pessoas vêem a natureza como algo separado, ou seja, o homem é o homem, e a natureza é a natureza. Não enxergam nenhuma ligação entre os dois.
Também não podemos julgar por isso, porque sempre nos ensinaram que Deus fez o homem a sua imagem e semelhança, e fez todas as demais criaturas, sejam animais ou vegetais pra servir exclusivamente ao homem. Resumindo. Existe o homem, e todo o resto para satisfazer as necessidades do homem.
Na década de 70 um cientista chamado James Lovelock publicou uma teoria muito interessante: A hipótese de Gaia. Para Lovelock, “Gaia é uma visão da terra como um sistema auto-regulador constituído da totalidade dos organismos, rochas de superfície, oceano e atmosfera estreitamente unidos como um sistema em evolução, com um objetivo: a manutenção do equilíbrio das condições de superfície para que sejam sempre as mais favoráveis possíveis à vida atual.” Na época esse cientista foi ridicularizado pela comunidade científica que viam nessa teoria algo fantasioso demais. A terra se comportando como um organismo vivo, como assim?
No entanto essa hipótese ganhou força e recentemente esse mesmo autor publicou um livro chamado “A vingança de Gaia” onde ele explora os acontecimentos atuais ligado ao meio ambiente que mostram que a terra está sofrendo um colapso.
É uma hipótese tão interessante, que eu não entendo porque é só uma hipótese. É só observarmos para vermos que a terra realmente é um organismo vivo, auto-sustentável, onde todos os organismos vivem numa harmonia tal, que os dejetos de um, são alimentos para outros, onde nada se perde, tudo de transforma, e todos os elementos são reutilizados num ciclo eterno.
E na verdade o que Gaia faz, é promover o seu sustento. Ou seja, todos os ecossistemas da terra, trabalham em conjunto para manter as condições ambientais favoráveis, e diga-se pra eles, não pra nós. Na natureza nada acontece para favorecer o homem, simplesmente nós nos apropriamos dos benefícios. Exemplo: Sempre aprendemos que as árvores nos fornecem o oxigênio. Na verdade elas não fornecem. As plantas utilizam à água e o dióxido de carbono e através da luz solar realizam a fotossíntese, onde através de um processo químico produzem o seu alimento. O resíduo disso é o oxigênio. Assim como para nós o gás carbônico é resíduo do metabolismo do alimento que comemos, para as árvores o oxigênio é resíduo. A noite, na ausência da luz solar, as plantas não realizam a fotossíntese, então elas respiram.... oxigênio. O mesmo oxigênio que produziram durante o dia. Por isso são chamadas de autótrofas, que auto-sustentam. O homem surgiu na terra como mais uma espécie, que deveria se integrar ao meio, mas o que ele fez foi justamente quebrar esse equilíbrio, começando por destruir as florestas, que são as reguladoras climáticas do planeta. O homem começou a tirar justamente aquilo que GAIA usava pra equilibrar as coisas. Tormentas, muito frio em alguns lugares, muito calor em outros, muita chuva, pouca chuva, são tentativas de GAIA se equilibrar novamente.
Depois o homem encontrou o carvão e posteriormente o petróleo, que a natureza havia escondido bem no fundo pra ficar lá. Esses dois elementos nada mais são do que árvores que morreram há muito tempo. O carbono armazenado foi retirado da atmosfera a milhares de anos e incorporado aos seus troncos, e depois sepultados. No entanto com a descoberta e a queima desses elementos, o homem começou a devolver para a atmosfera, todo o dióxido de carbono retirado dela a milhões de anos. Retira-se a floresta, e lança-se mais dióxido de carbono na atmosfera. Justamente as florestas que são as responsáveis por retirar o excesso de dióxido da atmosfera. O resultado disso é o que estamos vendo agora: aquecimento global, quando já ultrapassamos os 300 partes por milhão (PPM) de CO2 na atmosfera. E aqui somente estou dando um exemplo: as florestas. Mas é só observar os ciclos biogeoquimicos para entendermos que realmente a terra trabalha como um organismo vivo, onde todas as coisas são ligadas. Rompendo-se um elo dessa corrente, compromete-se todo o sistema.
Dito isso, voltamos a frase de Madre Tereza. A pergunta que se faz é: adianta cuidar dos pobres em enfermos, se ao mesmo tempo não se cuida do meio ambiente em que se vive? Adianta fazer uma campanha de arrecadação de donativos para os pobres, se essas mesmas pessoas continuam morando na beira de um córrego totalmente poluído por dejetos desses mesmos moradores? Claro que não adianta. Essas são medidas paliativas que não resolvem apenas amenizam. Existe uma visão distorcida quando se fala em meio ambiente. Muito pensam que estamos falando em florestas e em bichinhos, mas na verdade, meio ambiente é o meio em que vivemos no nosso caso uma cidade e toda a infra-estrutura que ela oferece.
O homem precisa sair do seu pedestal de ser supremo desse planeta, e entender que nós fizemos parte do sistema. O homem precisa entender que, se ele destruir os ecossistemas, estará se destruindo também, e relembrando o que o Cacique Seatle escreveu em 1855 ao então presidente dos Estados Unidos da América, Franklin Pearce, quando este propôs ao índio a compra de suas terras, dando-lhe em troca uma “reserva”.
“Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.”

Meio ambiente