4.9.10

Água

“Anualmente, a agricultura é responsável por 65% do uso e 87% do consumo total de água no mundo. Além disso, muitas atividades industriais que fornecem produtos tidos como indispensáveis ao homem moderno, requerem enormes quantidades de água. Em termos globais, a indústria usa 24% e consome 4% da água hoje aproveitada. O baixo percentual de consumo, em relação ao uso, indica que a maior parte da água utilizada em processos industriais retorna ao ambiente, embora freqüentemente poluída”. (BRANDIMARTE, 1999, p.38)
Segundo MAYOR (1999), em 1950 as reservas mundiais eram de 16.800m³ per capita por ano, em 1999 diminuíram para 7.300m³, devendo limitar-se a 4.800m³ em 2025 . Em 1950, nenhum país do mundo registrava níveis catastróficos em reservas de águas. Em 1999, cerca de 35% da população mundial vive nessa situação. Em 2025, dois terços dos habitantes do planeta terão reservas de água frágeis, se não catastróficos. Por isso é necessária a adoção de medidas visando a redução do consumo e melhor uso da água, para que as conseqüências da escassez não sejam tão drásticas quanto às estimativas.
Conforme LEONORA (2000), estima-se que hoje no mundo exista 1,4 bilhão de pessoas que não tem acesso a água em boas condições e 2,4 bilhões que não dispõem de saneamento básico, conseqüentemente, em pouco tempo o país que possuir água em boas condições de uso terá a mesma vantagem competitiva que hoje detêm os donos do petróleo.
Indústria Por unidade de produção Por produto finalizado
Papel 75600 L / tonelada 4 L / 8 folhas de escrever
Refinaria 75600 L / barril de óleo cru 20 L / L gasolina
Siderurgia 189000 L / tonelada 190 L / 1 Kg de pregos
Estação de Força 1360 L / minuto / Mw 193 L / lâmpada de 100 W acesa 24
O desperdício residencial é o campeão. As maiores vilãs domésticas são as válvulas convencionais de descarga. Elas usam 40% de toda a água da casa. Cada segundo que uma pessoa permanece com o dedo na descarga são 2 litros de água desperdiçados.
Para combater o desperdício doméstico, muitos países precisaram baixar leis rigorosas. Nos Estados Unidos, todas as casas construídas depois de 1995 são obrigadas a ter descargas com caixas de 6 litros, bem mais econômicas. A venda de peças de descarga convencional é proibida nos EUA e se alguém for pego com uma válvula de descarga na mala pode até ser preso.
No Japão já existem programas de reciclagem dentro de casa. Além dos canos que trazem água potável, os prédios ganharam um segundo sistema hidráulico, que recolhe e trata a água para o reuso.
No Brasil o desperdício de água chega a 70 % e nas residências temos até 78 % do consumo de água de uma residência sendo gasto no banheiro. Tudo isto pode mudar com simples mudanças de hábitos.
As preocupações ambientais não são ficção científica, mas sim um perigo real que aumenta a cada dia. Qualquer dano ambiental que ocorre num ponto da terra acaba por afetar todo o Planeta. Os números da degradação ambiental são simplesmente alarmantes. Não são exagerados e nem são o produto de mentes pessimistas, mas um fenômeno mundial crescente.
Para se ter uma idéia do quadro geral da degradação, basta ver que, segundo o Fundo para Populações das Nações Unidas (FNUAP), nos últimos quarenta anos a população mundial dobrou para cinco bilhões e trezentos milhões de habitantes, com bastante possibilidade de dobrar novamente nos próximos quarenta anos, de forma que essa pressão populacional poderá esgotar os recursos naturais dos quais depende.
Cerca de dez por cento das terras potencialmente férteis do Planeta já se converteram em desertos, e outros vinte e cinco estão em processo de desertificação. Todos os anos são perdidos oito milhões e meio de hectares por causa da erosão e sedimentação. Mais de vinte milhões de hectares de florestas tropicais são devastados todos os anos.
A maior parte dos pobres vive nas zonas mais vulneráveis do ponto de vista ecológico: oitenta por cento na América Latina e cinqüenta por cento na África. Aproximadamente um bilhão de pessoas não tem acesso à água potável (bebendo água contaminada), dois bilhões e trezentos milhões de habitantes carecem de acesso a saneamento básico e um bilhão e meio não tem lenha suficiente para cozinhar .
A década de oitenta foi a mais quente do século. Os cientistas acreditam que, se for mantida a tendência atual de emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases estufa, a temperatura poderá continuar a subir, o que pode provocar o derretimento das geleiras, aumentando por conseguinte, o nível do mar e afetando também todo o equilíbrio climático do Planeta. Isso trará conseqüências imprevisíveis para plantas e animais e para o ecossistema como um todo.
Na Europa Ocidental, o número de árvores afetadas pela contaminação do ar é superior a catorze vezes a colheita anual de madeira da região. A Europa precisará gastar anualmente sessenta milhões de dólares durante os próximos vinte e cinco anos para proteger seus bosques da contaminação das chuvas ácidas. Os países da Comunidade Européia despejam todo ano nove bilhões de toneladas de dejetos sólidos, incluindo aí trezentos milhões de toneladas de dejetos perigosos para a saúde humana (Pronk e Haq, 1.992).
Os custos sociais e econômicos da degradação ambiental podem ser grandes, ainda que não sejam contabilizados pelos países. Por exemplo, estudos recentes na ex-Alemanha Ocidental calcularam o custo social dos prejuízos provocados pelo ruído do transporte em quase dois por cento do PNB (Produto nacional Bruto). Na Costa Rica, a degradação acumulada das florestas, solos e bancos pesqueiros chegou a mais de quatro bilhões e seiscentos milhões de dólares entre 1.970 e 1.990, cerca de seis por cento de seu PIB (Produto Interno Bruto) daquele período. Na Indonésia, a degradação acumulada de suas florestas, solos e recursos petrolíferos aumentou entre 1.971 e 1.984 em nove bilhões e seis milhões de dólares, cerca de nove por cento de seu PIB do período .
Desta maneira, as perdas ambientais são uma realidade que afeta a vida de milhões de pessoas, tanto dos países desenvolvidos como dos em desenvolvimento. O que podemos notar é que, além do aquecimento global e do buraco na camada de ozônio, existem danos ambientais palpáveis que afetam a qualidade de vida de todo o Planeta. E, se quisermos sustentar a vida com qualidade, devemos antes buscar o equilíbrio entre as ações humanas e a preservação do ambiente onde vivemos.
Cerca de dez por cento das terras potencialmente férteis do Planeta já se converteram em desertos, e outros vinte e cinco estão em processo de desertificação. Todos os anos são perdidos oito milhões e meio de hectares por causa da erosão e sedimentação. Mais de vinte milhões de hectares de florestas tropicais são devastados todos os anos.
Os tubarões estão longe de ser o único alvo da pesca predatória. Um relatório das Nações Unidas aponta que 75% das reservas marinhas da terra estão superexploradas, em via de se esgotar ou já exauridas. A devastação atinge principalmente peixes de grande valor comercial, como o atum, a garoupa e o bacalhau, pescados em altíssima escala por navios que mais parecem imensas fábricas flutuantes. São as supertraineiras, estruturas que chegam a 140 metros de comprimento e têm até sete andares. Suas redes, fortes e longas, capazes de engolir monumentos do porte da Estátua da Liberdade, com seus 46 metros de altura, podem capturar centenas de toneladas de vida marinha de uma só vez. A Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) calcula que nos últimos cinqüenta anos o volume de pesca tenha crescido seis vezes, de 17 milhões para 105 milhões de toneladas.
Números
840 milhões


Esse é o número de famintos e desnutridos no mundo. A maioria deles está na África e na Ásia
24 bilhões de dólares


É o que a ONU calcula ser necessário gastar a cada ano para erradicar a fome do planeta nos próximos 100 anos
CÁLCULO DA SUJEIRA
Uma cidade americana de 1 milhão de habitantes consome diariamente:
• 568.000 toneladas de água
• 8.600 toneladas de combustível
• 1.800 toneladas de alimento
E despeja no ambiente
• 454.000 toneladas de esgoto
• 864 toneladas de poluição atmosférica
• 8.600 toneladas de lixo
PLANETA ÁGUA
• A escassez de água potável atinge 2 bilhões de pessoas. Nesse ritmo dentro de 25 anos serão 4 bilhões.
• A água contaminada pelo descaso ambiental mata 2.2 milhões de pessoas por ano
• A emissão de carbono o principal poluidor do ar, aumentaram em 10% desde 1991.
• 2.4% das florestas foram destruídas nos anos 90, uma área equivalente ao território de Mato Grosso. O desmatamento é maior na África, que perdeu 7% de sua cobertura vegetal, e na América Latina, com 5%.
• Um em casa 4 hectares desmatados no planeta estava na Amazônia Brasileira.
• 10% das espécies de árvores conhecidas correm risco de extinção.
• O consumo global de combustível fósseis aumentou 10%
• Apenas três países ricos, Alemanha, Inglaterra e Luxemburgo, mantiveram estáveis suas emissões de carbono.
• 30 bilhões de toneladas de lixo são despejadas anualmente no meio ambiente.
• São produzidos por ano 80 milhões de toneladas de plástico. Há cinqüenta anos não chegava a 5 milhões de toneladas.
• Só no Brasil tem 100 milhões de pneus abandonados.
• 34% das espécies de peixes estão ameaçados de extinção
• 25% dos mamíferos e 11% dos pássaros estão ameaçados de extinção

1 Comments:

At 22/7/11 09:28, Blogger Jose de Azevedo said...

São números assustadores, é preciso que a população mundial tome consciência e mesmo com pequenas atitudes em nosso dia a dia, possamos contribuir com a nossa parte para amenizar esses exageros, caso contrário as futuras gerações pagarão um preço muito caro (a nossa geração ja está pagando).

jose de azevedo

sala informatizada E E B Delminda Silveira MOndaí SC.

 

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